quinta-feira, 23 de abril de 2015

SEVERE no FALA INDEPENDENTE

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“Bandas independentes precisam de agenda cheia e nunca parar de produzir material. Estamos em um cenário atual muito favorável para a realização dessas duas vertentes no RJ. E a dica é simplesmente se interessar em conhecer pessoas. Isso mesmo, sair de casa, ir aos eventos perto ou longe de você, fazer disso uma rotina saudável.

Nosso blog volta a ativa e com força total, é com grande prazer  que entrevistamos a banda niteroiense Severe.

Quatro músicos de Niterói (RJ) resolveram juntar suas ideias e vivências na cena underground para formar a Severe. O resultado foi uma ousada mistura entre instrumental grave e pesado, de afinações muito baixas nas cordas, com uma voz feminina, que proporciona o alcance de notas muito altas nos vocais. Formada em 2014, a banda possui fortes influências internacionais como Deftones, Tool e Paramore.

 

Suburbagem – Para vocês o que mais motiva a fazer rock n roll?
Severe – Pergunta difícil! Isso vem de cada um normalmente. Mas, acredito que uma coisa que todos compartilham é a identificação pelo som e pela atitude que esse gênero proporciona. Nada melhor do que bater cabeça pra esquecer os problemas, né?

11105149_1616273778648427_8773402178317673256_nSuburbagem – No Rio e em Niterói o movimento underground sempre rolou, mas muitas vezes vemos que as duas cidades apesar de perto tem dificuldade de fazer intercambio de bandas, pode ser só uma impressão nossa, vocês tem esta impressão também?
Severe – Achávamos que sim, mas depois começamos a frequentar eventos no Rio, fazer amigos e as portas se abriram. O problema é que eventos de rock em Niterói são raros. Conhecemos poucas pessoas que fazem. Nós mesmo, por exemplo, nos juntamos com a banda Lougo Mouro (também de Niterói) para fazer esse intercâmbio. Mas aí esbarramos em outro problema, que é a falta de público. Agora, estamos nos movimentando junto com várias bandas daqui para mudar essa realidade.

Suburbagem – Quando penso em rock em Niterói lembro sempre do Araribóia Rock, do Convés e dos rocks que rolavam na Cantareira, em São Gonçalo lembro muito do Bar do Blues. Como está o movimento rock de Niterói hoje em dia?
Severe – Não estamos muito por dentro do que tem rolado em São Gonçalo, mas em Niterói já está rolando uma movimentação de bandas que querem fazer algo pela cidade. Aqui o rock autoral não tem sido muito valorizado, infelizmente. Mas esperamos contornar essa situação, a exemplo do que vem ocorrendo na correria das bandas independentes do Rio. O que podemos garantir é que não faltam bandas boas em Niterói.

Suburbagem – Queríamos abordar um pouco sobre o trabalho de vocês mesmo, Nero por exemplo, é uma música com uma letra muito bem trabalhada e arranjos fortes. Como funciona a composição e criação na banda? Como é a inspiração e a produção das músicas no Severe?
Severe – Geralmente fazemos o instrumental primeiro e depois a Juliana e o Vinícius fazem a melodia. A letra é a última etapa. A inspiração vem naturalmente das experiências e vivências cotidianas. No nosso EP de estreia, por exemplo, compilamos cinco faixas que falam sobre sentimentos ruins que podemos ter a qualquer momento. Como a inveja, raiva e até a perda de esperança.

Suburbagem – No mundo alternativo somos todos praticamente obrigados a ter dupla ou até tripla função pra mantermos uma banda de rock ativa, mas isso não tira qualidade nos trabalhos. Queríamos saber de vocês um pouco sobre isso, é fácil estudar, trabalhar e ter banda?
Severe – Nem um pouco fácil, mas a gente faz o que pode. Todos trabalham e a maioria estuda ainda. Fica difícil conciliar nossos horários e, por causa disso, nosso baixista passou quase 1 mês sem tocar com a banda, perdendo inclusive nossa primeira viagem para fora do Estado. Ele ficou um pouco triste por não está conosco, mas entendeu que era preciso. Foi muito bem substituído pelo nosso amigo Alexandre ‘Peruca’ Stankevicins, da Besouros Verdez.

Suburbagem – Perrengues são inevitáveis, queríamos saber com vocês qual o pior perrengue que a banda já passou em um evento?
Severe – Justamente nessa viagem para Minas! Resumindo bem: 5 pessoas, 10 horas de viagem, carro cheio e ainda 70 km de chão de terra como cereja do bolo. A estrutura do palco tava linda, havia uma galera boa presente e a Severe seria a penúltima banda a tocar. Estávamos bastante animados! Mas aí no início da terceira música ouvíamos só os amplificadores e a bateria. Foi aí que percebemos que o nosso som havia sido cortado. O motivo foi uma falta de comunicação entre a produção, polícia e equipe de som contratada. Foi complicado passar por aquilo tudo pra chegar lá e só tocar duas músicas!

Suburbagem – Se vocês pudessem dar uma dica pra galera que está no independente e alternativo, qual dica vocês dariam?
Severe – Bandas independentes precisam de agenda cheia e nunca parar de produzir material. Estamos em um cenário atual muito favorável para a realização dessas duas vertentes no RJ. E a dica é simplesmente se interessar em conhecer pessoas. Isso mesmo, sair de casa, ir aos eventos perto ou longe de você, fazer disso uma rotina saudável. Nada melhor do que conhecer a galera de outras bandas, produtores, pessoas que trabalhem com audiovisual e todo mundo relacionado a este mundo do rock independente que tá fervilhando por aqui. Acreditamos que este é o ponto de partida para seu trabalho fluir atualmente.

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Suburbagem – Vocês acabaram de gravar um EP maravilhoso, quais as metas e sonhos daqui pra frente?
Severe – Sonhos são vários, né? A longo prazo seria tocar no Rock In Rio 2017, turnê na Europa, concorrer ao Grammy ano que vem e por aí vai... hahahahaha Brincadeiras à parte, nosso próximo objetivo é terminar as gravações do clipe de “Nero”. Será o primeiro da banda e estamos bastante ansiosos. Também estamos compondo novas músicas. Ainda não sabemos quando ficarão prontas, mas será breve! Pretendemos começar novas gravações ainda este ano.

Suburbagem – Deixamos aqui o espaço livre para falarem o que quiserem sobre o assunto que quiserem.
Severe – Precisamos MUITO aproveitar este momento que o rock autoral vivencia na nossa cidade (e em toda a região metropolitana). Independentemente de coletivos e ideais, o que está acontecendo é muito especial e há tempos não se via algo assim. Quando dizemos “aproveitar” não é apenas visando a própria carreira, mas também curtir essa gama imensa de produção artística genuína dentro do estilo e espalhá-la para o máximo de público potencial. Certamente temos muitas bandas e pessoas para conhecer e acompanhar pertinho da gente. O rock voltou pra casa, pro underground. E é aqui que ele vai se sentir bem para evoluir pro topo novamente.

O suburbagem agradece a banda Severe, que se apresenta dia 25 de abril junto com a banda a Torre e Intrépida no evento Suburbagem a arte pela ótica do subúrbio. Querem conhecer um pouco mais da banda? curtam a fanpage, vasculhem o site, entrem em contato. Severe, de Niterói para o mundo, porque nada é melhor que o independente!

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