terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Suburbagem do Rapaz Folgado

divulgaçãoE o juíz apitou, terminamos mais um suburbagem muito especial.  Uma lona cultural bonita, no maior climão festejando e aprendendo um pouco mais sobre o Wilson Batista, sobre o subúrbio, sobre multiculturalismo e sobre si mesma. Assim resumimos um pouco do que foi o dia 8 de setembro para nós.

O dia começa quente,  enquanto quem trabalha anda no miserê a vida vai seguindo e a gente provocando e desafiando, pondo nosso chapéu de lado e nos pondo a preparar o cenário para esta experiencia.

A primeira atração no palco professor Joaquim Justino – phd UNIRIO  nos dá uma excelente aula da formação do subúrbio a partir das relações de trabalho e em meio a mapas e fotografias nos leva a uma viagem para o suburbio ainda rural e para o início do processo de urbanização. 

roberto laraDepois em meio a artes, vídeos e som independente, começa a abrir o palco para a música,  pode parecer estranho de início aos artistas verem o palco no quintal, mas artista que é artista sabe que quem faz o palco em quem está em cima dele e não o oposto. O primeiro a subir é Roberto Lara , Du basconça e grupo Roda Carioca, missão:  nos dar uma aula sobre Wilson Batista, com essa turma passeamos de bonde em são januário, de lenço no pescoço conhecemos Chino Brito, fomos como o Louco no Largo da Lapa mas mantivemos a lealdade de admirar toda esta história enquanto curtíamos uma boa conversa fiada.

O intervalo é marcado pelo teatro, forte que nos deixou reflexivo e nos preparou espiritualmente para o que ainda aconteceria neste palco. 

Enquanto embalávamos ao som discotecado de diversos artistas independentes, dentro dos camarins nascia um novo suburbagem,  devido a um sério problema de saúde da baixista a banda plectro não pode vir se apresentar, subindo ao palco apenas Ester Marak e Maria sua percursionista mas antes de chegarmos a ela temos que contar o que houve pelos bastidores.

barrostomboNosso querido angolano Barros Tombo veio para fazer uma apresentação linda e trazer para o palco a alma de sua terra, o som de angola , mas não o fez sozinho,  subiu ao palco tendo a companhia da querida Maria na percursão, e aqui começou a rede, o fim do show de Barros Tombo, foi o início de uma mega Jam. 






esterMaria se manteve a postos enquanto sua dupla, Ester Marak se preparava, e fez seu show. Sentimos falta de seu trabalho autoral, o que é uma pena pois perdeu-se uma oportunidade em tanto, porém o fim de seu show foi algo inimaginável para a platéia, uma jam com Nyl Mc que mandou um freestyle enquanto Maria e Ester seguravam no ritmo o som MPB.  Ficamos pensando que loucura é essa? que mistura foi essa, quando surgiu?  resposta:  minutos atrás dentro do camarim. 


A entrada de Nyl Mc não foi só dojam Nyl, mas de todo o movimento hip hop da área, Nyl explica a nós o que é uma noite hip hop, e em meio a suas canções mostra aos mais preconceituosos o poder de reconhecermos no seu trabalho a arte.  Wilson Vira Rap e em meio a batidas eletrônicas  Nyl mc nos ensina que “Nosso” Mundo é Hoje e quando você pensa que para por aí, volta ao palco Maria e Ester, para mais um freestyle de mpb e hip hop.  



fortunaAssim chegamos a última atração da noite, mas não menos importante, a banda Retrovirus, ganhou dignamente o direito a se apresentar nao apenas como banda, mas como representante da resistencia rock n roll na área, pois durante todo este ano segurou e agrupou com alegria nosso bonde rock n roll no Bikers 39 . 

Enquanto Retrovirus se preparava, Anderson Fortuna no melhor estilo de rapaz folgado  toma de nós o microfone e rouba a cena com uma poesia de nos deixar atonitos, ato de um verdadeiro artista. 













retrovirusAqui finalmente chega o Retrovirus começa com um baque ao público apaixonado pelo samba e dá uma verdadeira aula de como samba vira rock ao cantar Sistema Nervoso.   Um show digno de uma verdadeira banda de rock, Retrovirus foi nota mil, desde as 11 da manhã na lona para passagem de som, seria a segund aatração após Roberto Lara, e foi a última encerrando com chave de ouro a noite. 


Essa noite eu tive um sonho,  o clima é bom e o lugar é uma beleza, pra fechar a noite só temos a agradecer aos donos da festa, o público que compareceu e fortaleceu nas doações de alimento, que serão juntados a campanha realizada pelo 39 bikers. 

Agradecemos também a todos que nos apóiam,  Estúdio Som do Céu e Marcos Filho Tatoo que financiam nossa rádio,

CASARTI e LONA que nos permitem realizar nossas loucuras no seu espaço físico,

39 BIKERS e  GELOBOL  por manterem viva a cena rock n roll quando ninguém mais no bairro estava fazendo,

Ao Phantom, Bala N’agulha, Centuriah, Flávio Lima, e muitos outros artistas que se fizeram presentes nessa noite,

Suburbagem é isso e vamos aprendendo a cada dia como fazer.

3 comentários:

Fabio Oliveira disse...

Show! Parabéns!

leymir disse...

Cara, que prazer homenagear o grande Wilson Batista com tanta gente marvilhosa no clima!

tanto os artistas, quanto o publico!

noite muito boa!

Unknown disse...

Foi lindo demais o evento!!!

Pensei que nunca ia poder assistir um evento desses na nossa Zona Norte, mas o Suburbagem quebrou este paradigma, e quem agradece é o público.

Um forte abraço!!!

Brutus

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